segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Manejo reprodutivo com auxílio de luz artificial

Skarllet Durães de Souza

    Os caprinos são animais estacionários, ou seja, as cabras apresentam ciclo estral nos dias curtos e os bodes apresentam maior libido, maior e melhor produção espermática no mesmo período.  Os dias longos são como estímulo para esses animais retornarem a atividade reprodutiva, o eu se consegue com o auxílio de luz artificial.
    O manejo deve ser de 16 horas com luz e 8 horas no escuro durante um período de 60 dias. Deve ser feito com todo o rebanho apto à reprodução (fêmeas e machos). Deve-se utilizar lâmpadas dentro das baias com ajuda de um timer com horário programado para ligar e desligar. Geralmente o timer fica programado para ligar às 17:30 horas e desligar às 20:00horas e retornando a ligar às 04:00horas e desligando às 07:30horas da manhã. Logo após 60 dias da exposição dos animais ao manejo de luz os animais voltam às atividades reprodutivas. Este manejo é de baixo custo sendo comumente aplicado nas propriedades, e apresenta importância na caprinocultura leiteira para manter a produção ao longo do ano.



Referências Bibliográficas:    
ESPESCHIT CLÁUDIO JOSÉ BORELA, Alternativas pra controle da estaciona lidado de cabras leiteira, V-ENDEC,  23 e 24 de outubro de 1998. 
                   
FONSECA JEFFERSON FERREIRA e SOUZA JOANNA MARIA GONÇALVES,  Manejo reprodutivo de caprinos e ovinos, 5° Simpósio internacional sobre caprinos e ovinos de corte- 5°Sincorte, Feira nacional do agronegócio da caprino-ovinocultura de corte-FENACORTE, 24 a 28 de outubro de 2011, João Pessoa- Paraíba- Brasil.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Artrite Encefalite Caprina: formas de contagio e profilaxia.


Por Abraão Mendonça Monteiro Custódio

O manejo sanitário é um pilar importante na produção animal, sendo importante discutir as principais doenças que acometem o rebanho expondo as formas de prevenção e tratamento.
Dentre as inúmeras adversidades sanitárias a Artrite Encefalite Caprina conhecida como CAE é motivo de preocupação entre produtores que necessitam implantar medidas de combate e controle da doença, pois ocasiona redução da eficiência reprodutiva, morte precoce de animais, perda de peso e debilidade em adultos em função da dificuldade locomotora, queda na persistência de lactação, entre tantos outros que, significam perda de animais e redução no lucro, desvalorização dos rebanhos e de produtos de multiplicação animal, ou seja, matizes, reprodutores, sêmen e embriões, gerando um impacto negativo no setor.
A CAE consiste em uma enfermidade multissistêmica causada por um vírus da família dos lentivírus, podendo ocasionar sintomas como: inflamação da glândula mamária, pneumonia, artrite e quadros de encefalite acometendo de forma crônica os animais infectados em várias fases do desenvolvimento etário, independente do sexo, ou produção.

Formas de contágio / transmissão:
O vírus da CAE é transmitido das seguintes formas:

  •  Através da saliva ou quaisquer secreções do sistema urogenital ou respiratório.
  •  Contato prolongado de animais sadios com animais infectados (acima de 12 meses).
  •  Ingestão de colostro de indivíduos contaminados
  •  Através de equipamentos utilizados no manejo e instrumentos cirúrgicos, tais como: instrumento de castração descorna, tatuagens, agulhas compartilhadas, ordenhadeira mecânica, contaminados respectivamente com sangue e leite dos animais infectados.

Quanto à profilaxia, não existem vacinas e tratamentos eficazes contra a doença; por tanto devem tomadas medidas que visem o controle e a prevenção da CAE de acordo com a situação sorológica do rebanho, tais como:

  •  Procedência dos animais no ato da aquisição de matrizes e reprodutores.
  •  Manter o animal em quarentena por um período de no mínimo 90 dias antes de incorpora-lo ao rebanho.
  •  Teste sorológico do rebanho, isolamento e descarte dos animais soropositivos.
  •  Higienização adequada das instalações de estadia e ordenha dos animais.
  •  Atenção redobrada com os neonatos, separando-os da mãe no ato do nascimento e não permitindo que eles mamem nas cabras, administrando-se o colostro aquecido (56ºC durante 60 minutos) e leite pasteurizado.
Referencias:
Artrite Encefalite Caprina (CAE), França Turino,V & D’andrea Pavão,G. Disponível em < www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/ovinos-e-caprinos/artrite-encefalite-caprina-cae-36726n.pspx>.

Artrite Encefalite Caprina (CAE), Embrapa Caprinos. Disponível em (home page) < www.cnpc.embrapa.br>.

Como a Artrite Encefalite Caprina (CAE) pode prejudicar sua produção, Rizado Pinheiro,R. Disponível em  < www.caprileite.com.br/conteudo/58-II-como-a-artrite-encefalite-caprina-cae-pode-prejudicar-sua-producao>.