terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Substituição do milho por polpa cítrica em rações com alta proporção de concentrado para cordeiros confinados

Por Liz Cordeiro Vilela Santos

     Iremos discutir nessa postagem o artigo “Substituição do milho por polpa cítrica em rações com alta proporção de concentrado para cordeiros confinados”, que foi publicado no ano de 2008, sendo elaborado por oito autores da Universidade de São Paulo (USP), de Piracicaba.
    O trabalho teve como objetivo avaliar a substituição parcial ou total do milho moído por polpa cítrica em rações contendo 90% de concentrado e 10% de feno de “coastcross”, para cordeiros da raça Santa Inês em confinamento. Esse trabalho foi realizado com o intuito de estudar sobre o uso da polpa cítrica em substituição do milho para cordeiros desmamados precocemente. A polpa cítrica pode apresentar algumas vantagens na substituição do milho, como o fato de que a época em que há uma redução da produção do milho é a melhor época da produção da polpa cítrica, sendo assim a polpa cítrica. Assim, esta pode ser utilizada como forma de suplementação energética para essa época do ano. Além disso, a utilização da polpa cítrica pode reduzir os riscos de ocorrer acidose nos animais.
     Foram realizados dois experimentos: o primeiro experimento utilizou cordeiros com idade média de 73 dias, alimentados por rações com 10% de volumoso (feno de “coastcross”) e 90% de concentrado na matéria seca, incluindo a polpa cítrica na substituição do milho em 0, 33, 67 e 100%. O segundo experimento utilizou as mesmas rações que foram utilizados no primeiro experimento, mas foi realizado com 12 ovinos com idade média de cinco meses.
     Através dos resultados obtidos, os autores concluíram a partir dos dois experimentos que a substituição de 33% do milho por polpa cítrica pode melhorar o consumo de matéria seca e também o desempenho de cordeiros que podem apresentar ganho de peso satisfatório quando são alimentados com alta proporção de concentrado. Já a substituição de 67 e 100% do milho por polpa cítrica, pode causar alterações metabólicas, diminuindo o consumo de matéria seca e com isso animais não conseguem desempenhar muito bem. Desta forma, nas condições deste trabalho, os autores concluíram que o milho poderia ser substituído em 33% por polpa cítrica para obter resultados mais satisfatórios no sistema de produção.

Artigo resenhado:

RODRIGUES, G.H.; SUSIN, I.; PIRES, A.V. et al. Substituição do milho por polpa cítrica em rações com alta proporção de concentrado para cordeiros confinados. Ciência Rural, v.38, n.3, p.789-794, 2008.  

O artigo pode ser acessado na íntegra pelo link:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782008000300031

Pasto de Capim Aruana Para Ovinos

Por Lorena Ysraela Oliveira Silva

        Nesta postagem falaremos sobre o trabalho “Pasto de capim Aruana para Ovinos”, revisão de literatura publicada na revista Pesquisa e Tecnologia pela autora pesquisadora Andreia Duarte. O texto explica que o rebanho de Ovinos esta em expansão no estado de São Paulo devido à procura da carne pelos consumidores. Em seguida apresenta as características do capim Aruana, que é o tema central do texto. 
        Ele apresenta porte médio, uma boa capacidade de restauração de perfilhamento, pois seus meristemas basais ficam em partes do capim onde os ovinos não conseguem pastejar, exibe uma boa cobertura do solo, auxilia no controle da erosão e possui propagação por sementes. Apresenta também alta produção de forragem, é uma planta cespitosa, pois tem crescimento em touceiras, possui uma estrutura foliar ereta e aberta, é palatável e tem uma excelente aceitabilidade pelos animais da espécie ovina. 
      No entanto, deve-se atentar a algumas práticas de manejo devem ser quando se utilizar a espécie para pastejo de ovinos, como a altura da entrada e retiradas desses animais e altura do dossel, pois o mesmo pode chegar a até 80 cm de altura. Assim, é necessário que realmente se coloquem os animais para pastejar quando o capim chegar ao ponto de entrada, ou o pasto pode ficar muito alto, perdendo sua qualidade nutricional. 
     A autora cita experimentos realizados para comparação do capim Aruana com as outras plantas forrageiras, e os resultados apontam que os animais podem apresentar maior ganho de peso quando consumindo esta espécie forrageira. Desta forma, o trabalho ressalta a importância de se estudar a forrageira escolhida para se formar o dossel e criar estratégia de manejo que otimize o uso da sua forrageira, além de ter uma estimativa da produção de forragem.

Artigo resenhado:

DUARTE, A.L.M. Pasto de capim aruana para ovinos. Pesquisa & Tecnologia, vol. 8, n. 2, 2011.

O trabalho pode ser acessado na íntegra pelo link:

http://www.aptaregional.sp.gov.br/acesse-os-artigos-pesquisa-e-tecnologia/edicao-2011/2011-julho-dezembro/1075-pastos-de-capim-aruana-para-ovinos/file.html.

Substituição do milho por casca de soja: consumo, rendimento e características de carcaça e rendimento da buchada de caprinos

Por Liz Cordeiro Vilela Santos

           Nessa postagem apresentaremos o artigo “Substituição do milho por casca de soja: consumo, rendimento e características de carcaça e rendimento da buchada de caprinos”, que foi publicado no ano de 2008, sendo elaborado por seis autores da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
          O trabalho teve como finalidade avaliar o efeito da substituição do milho por casca de soja sobre o rendimento e as características de carcaça e o rendimento da “buchada” de caprinos recebendo dietas à base de palma forrageira. Os motivos que levaram a realização desse experimento foram que apenas a utilização da palma forrageira em alta proporção na dieta pode causar problemas como diarreia e timpanismo, se fazendo necessária a adição de uma fonte de fibra à dieta para melhorar as condições do rúmen do animal. Para isso são muito utilizados na região Nordeste grãos e seus subprodutos importados de outras regiões, que aumentam os custos da produção. Sendo assim, para se ter uma alternativa de substituição ao milho foi avaliado no trabalho se a casca de soja, por ser um produto de menor custo na região, pode ser vantajosa nesse sentido.
           No experimento foram utilizados 32 animais em confinamento, e avaliou-se o consumo das dietas em que se substituiu 0, 33, 66 e 100% do milho por casca de soja. Os resultados obtidos na avaliação foram satisfatórios, pois não foram observadas alterações no consumo das dietas que pudessem comprometer o ganho de peso e o rendimento de carcaça dos animais.
            Dessa forma, os autores concluíram que a casca de soja fornecida em confinamento a caprinos pode ser uma boa alternativa na substituição do milho em dietas à base de palma forrageira, pois sua utilização não interfere no rendimento dos cortes, melhora a qualidade de carcaça e, além disso, como a casca de soja possui menor custo que o milho pode reduzir os custos da produção.

Artigo resenhado: 

AMORIM, G.L.; BATISTA, A.M.V.; CARVALHO, F.F.R. et al. Substituição do milho por casca de soja: consumo, rendimento e características da carcaça e rendimento da buchada de caprinos. Acta Scientarium Animal Science, v.30, n.1, p.41-49, 2008. 
O artigo pode ser acessado na íntegra pelo link: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciAnimSci/article/view/3606