terça-feira, 17 de maio de 2016

Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes pelagens, em pastejo


Por Renan de Oliveira Sousa 


            A discussão de hoje é sobre o trabalho “Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes pelagens, em pastejo” esse trabalho foi realizado por pesquisadores das seguintes instituições: Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Universidade Federal de Minas Gerais. O trabalho foi publicado pela revista Acta Scientiarum Animal Sciences no ano de 2011 e o trabalho trás informações sobre o comportamento dos animais da raça Santa Inês com diferentes cores de pelagens em condições de pastejo.
            É interessante falarmos deste trabalho, pois a ovinocultura é uma atividade que tem um grande papel social e econômico no Brasil, principalmente no nordeste do país onde está concentrada a maior parte do rebanho de ovinos do país. Além disso, esses animais são em sua maioria criados em sistemas extensivos, ou seja, são expostos cotidianamente a radiação solar em pastagens com pouca área de sombra.
            O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes pelagens em condições de pastejo. O experimento foi conduzido na fazenda Riachão, localizada no agreste pernambucano, no município de Sairé. O clima da região é considerado do tipo seco sub-úmido.
            Foram utilizadas 21 borregas da raça Santa Inês, sendo 7 de cada uma das pelagens preta, castanha e branca, com peso inicial semelhante. Esses animais foram criados em um piquete de 3 hectares, com taxa de lotação de 7 cabeças por hectare, com sombra natural e açudes disponíveis. Foram realizadas observações periódicas do comportamento dos animais em pastejo durante o período diurno.
            Ao fim do experimento os pesquisadores concluíram que a sombra proporcionada pelas árvores reduziu a carga térmica radiante, e por isso foi buscada pelos animais. Concluíram também que na raça Santa Inês, adaptada às condições de calor, a cor do pelo não foi uma característica determinante para diferenças de adaptabilidade ou mudança de comportamento dos animais sob estresse por calor. No entanto, para todas as cores de pelagem, o fator temperatura máxima influenciou a busca pela sombra e pela fonte de água.
Ou seja, esse estudo serve para chamar atenção dos criadores para a importância que deve ser dada aos animais com relação a propiciar a eles um ambiente favorável, que amenize o estresse térmico sofrido pelo animal para garantir assim um melhor bem-estar e consequentemente aumentar o potencial produtivo do rebanho, visto que a temperatura influencia em vários aspectos comportamentais do animal, mesmo em raças adaptadas a condições tropicais.

Fonte: http://www.cabraeovelha.com.br/

Artigo resenhado:
SANTOS, M.M. DOS; AZEVEDO, M. DE; COSTA, L.A.B. DA; SILVA FILHO, F.P.; MODESTO, E.C.; LANA, A.M.Q. Comportamento de ovinos da raça Santa Inês, de diferentes pelagens, em pastejo. Acta Scientiarum, Animal Sciences, v. 33, n. 3, p. 287-294, 2011.

O trabalho pode ser acessado na íntegra pelo link:

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