Por Renan de Oliveira Sousa
A
discussão de hoje é sobre o trabalho “Comportamento de ovinos da raça Santa
Inês, de diferentes pelagens, em pastejo” esse trabalho foi realizado por
pesquisadores das seguintes instituições: Universidade Federal Rural de
Pernambuco, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Universidade Federal
de Minas Gerais. O trabalho foi publicado pela revista Acta Scientiarum Animal
Sciences no ano de 2011 e o trabalho trás informações sobre o comportamento dos
animais da raça Santa Inês com diferentes cores de pelagens em condições de
pastejo.
É
interessante falarmos deste trabalho, pois a ovinocultura é uma atividade que
tem um grande papel social e econômico no Brasil, principalmente no nordeste do
país onde está concentrada a maior parte do rebanho de ovinos do país. Além
disso, esses animais são em sua maioria criados em sistemas extensivos, ou
seja, são expostos cotidianamente a radiação solar em pastagens com pouca área
de sombra.
O
objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento de ovinos da raça Santa Inês,
de diferentes pelagens em condições de pastejo. O experimento foi conduzido na
fazenda Riachão, localizada no agreste pernambucano, no município de Sairé. O
clima da região é considerado do tipo seco sub-úmido.
Foram
utilizadas 21 borregas da raça Santa Inês, sendo 7 de cada uma das pelagens
preta, castanha e branca, com peso inicial semelhante. Esses animais foram
criados em um piquete de 3 hectares, com taxa de lotação de 7 cabeças por
hectare, com sombra natural e açudes disponíveis. Foram realizadas observações
periódicas do comportamento dos animais em pastejo durante o período diurno.
Ao
fim do experimento os pesquisadores concluíram que a sombra proporcionada pelas
árvores reduziu a carga térmica radiante, e por isso foi buscada pelos animais.
Concluíram também que na raça Santa Inês, adaptada às condições de calor, a cor
do pelo não foi uma característica determinante para diferenças de
adaptabilidade ou mudança de comportamento dos animais sob estresse por calor.
No entanto, para todas as cores de pelagem, o fator temperatura máxima
influenciou a busca pela sombra e pela fonte de água.
Ou seja, esse estudo
serve para chamar atenção dos criadores para a importância que deve ser dada
aos animais com relação a propiciar a eles um ambiente favorável, que amenize o
estresse térmico sofrido pelo animal para garantir assim um melhor bem-estar e
consequentemente aumentar o potencial produtivo do rebanho, visto que a
temperatura influencia em vários aspectos comportamentais do animal, mesmo em
raças adaptadas a condições tropicais.
Fonte: http://www.cabraeovelha.com.br/ |
Artigo resenhado:
SANTOS,
M.M. DOS; AZEVEDO, M. DE; COSTA, L.A.B. DA; SILVA FILHO, F.P.; MODESTO, E.C.;
LANA, A.M.Q. Comportamento de ovinos da
raça Santa Inês, de diferentes pelagens, em pastejo. Acta Scientiarum, Animal Sciences, v.
33, n. 3, p. 287-294, 2011.
O trabalho pode ser acessado
na íntegra pelo link:
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