Nesta
postagem apresentaremos o trabalho “Desempenho de cordeiros alimentados com
inclusão de torta de macaúba na dieta”, trabalho realizado por pesquisadores da
Universidade Federal de Minas Gerais, publicado em novembro de 2012. O objetivo
da pesquisa foi avaliar o desempenho produtivo e econômico de ovinos confinados
da raça Santa Inês alimentados com dietas com diferentes taxas de inclusão de
torta de macaúba.
Dois aspectos chamam a
atenção sobre esse trabalho, tornando-o interessante:
a) O uso da torta de macaúba, ou seja, a utilização de coprodutos agroindustriais
na alimentação de ruminantes.
b) E a mensuração do impacto gerado por esse ingrediente tanto economicamente,
como produtivamente no desempenho dos animais.
A pesquisa foi
motivada para fornecer opções aos produtores, principalmente produtores da
região do semiárido brasileiro com relação à alimentação de seus animais, com o
uso da torta de macaúba substituindo parcialmente o milho das dietas. Propósito
esse muito interessante, pois a utilização de coprodutos agroindustriais na
alimentação de ruminantes é algo que tem sido fomentado em razão de questões
econômicas (a fim de reduzir custos) e também questões ambientais (como dar
destino adequado a esses subprodutos).
O experimento
foi conduzido no setor de ovinocultura do Instituto de Ciências Agrárias, da
Universidade Federal de Minas Gerais (ICA/UFMG), em Montes Claros, MG, onde o clima
é considerado tropical de savana, com longo período seco e verão chuvoso.
Foram utilizados 24 cordeiros da raça Santa Inês, machos, não castrados, com idade média de cinco meses e com peso vivo médio inicial de 23,9±0,6 kg. Os animais foram confinados em baias individuais de 1,2 m², providas com comedouros e bebedouros e as dietas experimentais foram formuladas de acordo com as recomendações do National Research Council (2007), para ganho médio de peso de 200 g por dia. A torta de macaúba foi incluída nas quantidades de 0, 100, 200 ou 300 g por kg de matéria seca da dieta, e o milho reduzido nas mesmas proporções.
Foram utilizados 24 cordeiros da raça Santa Inês, machos, não castrados, com idade média de cinco meses e com peso vivo médio inicial de 23,9±0,6 kg. Os animais foram confinados em baias individuais de 1,2 m², providas com comedouros e bebedouros e as dietas experimentais foram formuladas de acordo com as recomendações do National Research Council (2007), para ganho médio de peso de 200 g por dia. A torta de macaúba foi incluída nas quantidades de 0, 100, 200 ou 300 g por kg de matéria seca da dieta, e o milho reduzido nas mesmas proporções.
Os resultados
apresentados sugerem quem não houve efeito das quantidades adicionadas de torta
de macaúba sobre o consumo de matéria seca e matéria orgânica pelos animais,
inclusive o consumo de matéria seca observado foi maior do que o recomendado
pelo National Research Council (2007) para animais com 23 kg e ganhos de 200 g
por dia.
O consumo de proteína bruta também não foi influenciado pela inclusão da torta de macaúba, porem o estudo mostra que houve seleção dos nutrientes proteicos pelos animais, A conversão alimentar variou de 5,5 a 6,4 e foi influenciada negativamente pelos níveis de torta de macaúba na dieta, piorando à medida que a torta foi adicionada.
O consumo de proteína bruta também não foi influenciado pela inclusão da torta de macaúba, porem o estudo mostra que houve seleção dos nutrientes proteicos pelos animais, A conversão alimentar variou de 5,5 a 6,4 e foi influenciada negativamente pelos níveis de torta de macaúba na dieta, piorando à medida que a torta foi adicionada.
Com posse
dessas e de outras informações obtidas através do experimento, os autores
concluíram que a inclusão de até 300g de torta de macaúba por kg de matéria
seca na dieta não altera o consumo de matéria seca e desempenho de cordeiros
Santa Inês. E a o tratamento que apresentou melhor viabilidade econômica foi o
de inclusão de 100g de torta de macaúba por kg de matéria seca.
O estudo
citado pode servir como base para a inclusão de torta de macaúba na dieta de
cordeiros Santa Inês, e também serve para instigar pesquisadores a fim de
estudar novas opções, componentes para dietas de ruminantes. Assim avaliando
sua viabilidade de desempenho e econômica.
Artigo resenhado:
Azevedo, R. A., Rufino, L. M., Santos, A. C.,
Silva, L. P., Bonfá, H. C., Duarte, E. R., et al. (Novembro de 2012).
Desempenho de cordeiros alimentados com inclusão de torta de macaúba na dieta. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, 47(11), 1663 - 1668.
Este artigo pode ser acessado
na íntegra no link: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2012001100014
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